segunda-feira, 4 de julho de 2011


Breve estudo sobre melhoramento das caudais de Opaque e Platinum



Pelo que venho observando, no meu estudo com os white opaque e platinum, a configuração definitiva das caudais das fêmeas nem sempre aparece nos primeiros meses de vida, dando a impressão, que elas só possuem dois raios e muitas vezes sendo descartadas como matrizes.
Na realidade, a maioria das fêmeas dos white possui apenas dois raios e algumas, excepcionalmente, possuem quatro raios. Nunca vi alguma que ultrapassasse este número nem mesmo em fotos do exterior.
Após quatro anos estudando minuciosamente esta linhagem e acompanhando as suas alterações gênicas, dentro da mesma população, descobri que casais de peixes, oriundos dos mesmos progenitores podem, em determinado momento, gerar indivíduos com características fenotípicas distintas.
Exemplo: dois casais de peixes - com a mesma ascendência - foram acasalados simultaneamente e, enquanto um casal gerou fêmeas com apenas dois raios, o outro casal produziu fêmeas com mais de oito raios, no entanto, o casal que gerou fêmeas com apenas dois raios gerou um maior número de machos HM.

Este resultado demonstra que "nem sempre as características fenotípicas dos genitores são expressas à sua descendência. Determinados fenótipos são resultados de recombinações gênicas que podem ocorrer periodicamente." (Thomas Morgam 1904). Este comportamento gênico é conhecido como "extensão mendeliana" e corresponde aos casos de heranças que não obedecem ao padrão mendeliano.
Com base neste conhecimento, insisti com fêmeas de dois raios e, após quatro anos de trabalho, consegui (no cruzamento WOP 14 - 05 - 2010) gerar fêmeas com mais de oito raios conforme comprovação na figura "1" abaixo.



Fêmea White 8 raios
 

Esquematização dos desdobramentos dos raios


 Evolução das ramificações dos raios da caudal


De acordo com o que venho observando, as ramificações dos raios principais ou primários, vão ocorrendo de acordo com o desenvolvimento do animal e numa seqüência que acontece a partir do raio primário mediano (aquele que fica ao centro - no nosso exemplo é o raio "6" da figura "3").
A titulo de comprovação apresentamos esquema da figura três, na qual podemos observar o raio primário "6" com oito ramificações (ou raios secundários), enquanto o raio primário "2" com apenas duas ramificações, o raio primário "3" com três ramificações, o raio primário "4" com seis ramificações, o raio primário "11" com quatro ramificações, etc.

Figura 3: Evolução das ramificações caudais
Em face do exposto podemos acreditar que é possível melhorar geneticamente uma linhagem e que devemos ficar atentos à ocorrência das alterações fenotipicas que nos interessam e utilizá-las convenientemente.

Autor : Wilson Vianna

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